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Panorama sobre a saúde bucal no Brasil

Apesar dos avanços da tecnologia odontológica no país, o Brasil ainda padece quando o assunto é saúde bucal.

Levantamento recente realizado pelo Ministério da Saúde aponta que metade dos brasileiros que têm entre 35 e 45 anos de idade já perdeu ao menos 12 dentes. Ainda segundo a pesquisa publicada, atualmente, 80% dos idosos têm menos de 20 dentes na boca.

A pesquisa sobre a Saúde Bucal no Brasil foi realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Os dados são alarmantes e mostram que a saúde bucal ainda é muito precária entre os brasileiros.

Acesso à odontologia no Brasil

Até o início dos anos 2000, o acesso à saúde odontológica no país era difícil e limitado. Havia demora no atendimento, poucos serviços eram oferecidos, e o principal procedimento realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) era a extração dentária, perpetuando uma visão errônea de “odontologia mutiladora”. Quem faz essa análise é o próprio Ministério da Saúde, que aponta a implantação da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) — programa Brasil Sorridente como um divisor de águas positivo. No mesmo período, o acesso da população a planos odontológicos privados também passou por transformação.

A partir do surgimento da PNSB, em 2003, o país implantou equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família, e qualificou a atenção secundária (atendimentos especializados) por meio da criação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD). O objetivo era ampliar o acesso da população a tratamentos odontológicos gratuitos via SUS, e “ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros”, informa o portal do programa.

Redução da incidência de cáries na população

Um dado animador é que o Brasil atingiu nível de nações com baixa incidência de cárie na população. Foi o que revelou a última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) realizada no País em 2010. Segundo indicou o levantamento, o índice CPO (sigla para dentes cariados, perdidos e obturados) atingiu 2,1 – para um país ingressar nessa categoria, o padrão deve estar entre 1,2 e 2,6. Houve uma redução de 26% no número de cáries em crianças com 12 anos de idade (padrão mundial para avaliação de crianças), e aumentou a proporção de indivíduos que nunca apresentaram a doença bucal na vida.

Entretanto, o tratamento adequado está longe de ser considerado acessível para boa parte da população. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia, 46% dos brasileiros consideram difícil o acesso ao dentista e cerca de 20% não costumam ir ao consultório dentário. O principal motivo é a falta de condições financeiras, principalmente entre os indivíduos das classes mais baixas.

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